Sistemas
Educativos/ Organização e Avaliação
Ficha de leitura/Resumo
Rufino, Cesar (2007). Avaliação interna das escolas e
circulação de políticas públicas num espaço educacional europeu. Sísifo. Revista de Ciências da Educação, 04,Out./dez, pp. 29- 38.
Resumo:
Este
artigo apresenta as linhas orientadoras sobre a compreensão da difusão e uso de
dispositivos de avaliação interna das escolas, a sua proveniência e circulação
como mecanismos de regulação política do subsistema escolar, partindo do
princípio analítico de que tais dispositivos orientadores da ação têm implícito
um exercício regulador do conhecimento. Na sequência da Cimeira de Lisboa de
2000, o Conselho Europeu estabeleceu a meta de tornar os sistemas de educação e
de formação na União Europeia “uma referência mundial de qualidade ate 2010”. Entre
esses dispositivos emergem as políticas de avaliação interna das escolas, a sua
difusão, a adoção de referentes internacionais e a sua relação com o
conhecimento especializado no enquadramento de uma estratégia educacional
europeia.
Palavras-chave:
Politicas
Publicas de educação, Autoavaliação das escolas, Europa, Policy transfer.
A avaliação interna das
organizações escolares como estratégia politica
No
contexto da União Europeia (UE), a modernização e melhoria na prestação de serviços
públicos, a diferentes níveis institucionais é objeto de emanação de
recomendações pelo Parlamento e Conselho Europeus, tendo como objetivo a
alteração e racionalização dos sistemas de gestão pública (Loffler,2001; Lundgren,
2000), para que a qualidade dos serviços prestados se reflita no tecido social
sob a forma construtiva de uma sociedade orientada para uma economia baseada no
conhecimento. Os sistemas educativos e os subsistemas escolares ocupam um papel
de relevo. Portugal, como parceiro integrado, tem desenvolvido esforços de convergência,
aderindo e procurando implementar diferentes diretivas e recomendações das instâncias
supranacionais da UE. Daqui surgiram políticas que necessitam de instrumentos
de ação pública, (expressão de um objetivo político), cuja argumentação assenta
num conceito transnacional de qualidade aferida por referentes e no apelo a uma
governação consensual, firmada na racionalidade do conhecimento.
As
mais recentes politicas publicas nacionais apontam no sentido da transferência
progressiva de um conjunto de técnicas gerenciais, deslocando competências ou
procedimentos de instancias mais centralizadoras para territórios locais, de
maior proximidade com as unidades de gestão escolar e sobre as quais tem um
poder de influência (Haecht, 1998). Essas alterações nos mecanismos de regulação
administrativa sugerem uma translação do centro de “responsabilidade/responsabilização”
da dimensão nacional para a local, acompanhada de um vasto leque de instrumentos
de avaliação de resultados, em cuja diversidade se mobiliza o respeito pelo princípio
europeísta da subsidiariedade.
As
escolas públicas ficaram sujeitas à adoção de uma proposta reguladora — tendo
como craveira indicadores de referência, de abrangência nacional e
transnacional — que valoriza a necessidade de se autoavaliarem, tendo-lhes sido
fornecido simultaneamente uma justificação politica e a sugestão de uma
modalidade de regulação local (Mangez, 2001). Novoa (2002) refere que a persecução
desse objetivo politico no espaço alargado da UE permite abordagens das politicas
educativas que não reproduzam a linguagem “oficial” das instituições europeias
mas que adotem uma perspectiva multidisciplinar e critica, baseada numa nova
atitude teórica.
A
generalidade dos instrumentos de avaliação das escolas tem-se centrado no próprio
aparelho de avaliação e na sua capacidade qualificativa, não contemplando o
contexto da aplicação, o seu significado político ou uma incursão pela
genealogia dessa modalidade específica de regulação.
Ao
enquadrar a investigação numa sociologia das políticas públicas, em que o
conhecimento representa a definição dessas políticas e a forma como o Estado
recorre aos instrumentos de ação politica efetiva, esta abordagem permite uma perspectiva
diferenciada, na compreensão de como o conhecimento se torna regulação, circulação
e ação política concreta.
Genealogia e transfusão de políticas
educacionais sustentadas no conhecimento
A
adoção de políticas comuns entre Estados e a circulação de conhecimento
especializado não e um fenómeno inédito, muito menos no terreno educativo, quer
através da difusão curricular, dos discursos pedagógicos prevalecentes em
diferentes épocas ou ainda entre os modelos de composição e distribuição de
pessoas e tarefas no locus
escolar (Carvalho, 2005). Sempre
houve modelos de referencia internos e do estrangeiro, mas o que distingue a
presente vaga de globalização e essencialmente a “compressão” do tempo, devida
ao avanço tecnológico que acelerou e multiplicou as possibilidades globais de comunicação,
são as consequentes relações económicas que essa facilidade atrai (Bhagwati,
2005) e, alem disso, a emergência de um potencial inédito de constituição de
redes em meio digital que podem agir em simultâneo e, sobretudo, de forma
concertada (Castells, 2004; Stoer & Magalhaes,2003; Stone, 2000).
Estas
novas possibilidades de “globalização”, contribuíram de maneira decisiva para
uma profunda viragem no contexto da articulação comunicacional em que surgiu o
paradigma do relacionamento do Estado com os cidadãos emergente na Europa do pós-guerra.
No campo educacional, os estudos sobre os efeitos da globalização tem-se
desenvolvido de forma diversa, desde os trabalhos de John Mayer e as teorias
desenvolvidas sobre a world
mass school (Mayer,
Kamens & Benavot,1992), bem como nas conjeturas sobre os sistemas auto-referenciais
(Schriewer, 2001), estendendo-se para proposições mais recentes sobre as
consequências desses efeitos na construção de uma cultura educacional mundial
(Dale, 2004).
A
necessidade de recomposição, conjugada com os constrangimentos económicos do
Estado-social, parece ter acelerado a urgência de reformas nas políticas públicas,
conferindo as tendências já embrionadas no New Publica Management (Carvalho, 2001; Finger & Ruchat, 1997) duas características nitidas que se conjugam: uma, a rapidez de circulação de aliciantes políticos homologados por conhecimento especializado; outra, a concertação da decisão politica no interior da UE (Radaelli, 2000).
A
análise das políticas publicas permitem a compreensão da natureza e exercício
do Estado, trazendo novas possibilidades para o estudo da construção de uma
determinada “ordem” em sociedades multipolares e consequentemente mais
complexas (Sociologia Politica).
As
abordagens cognitivas da ação publica […] encaram as politicas publicas como veículo
de um quadro de interpretação do mundo, tendo como raiz epistemológica a
interrogação das ligações entre a ação politica e a construção de uma ordem
social renovada num terreno complexo e difuso, uma vez que o exercício da
governação não se confina aos processos de legitimação e representação politica
(Muller, 2000a, 2000b; Surel, 2000).
Nas
últimas duas décadas tem-se desenvolvido trabalhos de análise das escolhas e evolução
das políticas educativas que podemos enquadrar em três grandes ramos epistemológicos
(ver Gale, 2001; van Zanten, 2004): as perspectivas provenientes de modelos sociológicos
e socioeconómicos; da análise histórica e socio histórica e da análise das políticas
públicas. Alguns autores adotam a analise das politicas pelo lado da “ação
publica” e preferem a designação de “politicas publicas”, as que remetem para
resultados da aplicação concreta, envolvendo as instituições, os atores locais
e as suas representações, assim como os contextos terminais em que ocorrem e o
tipo de soluções escolhidas para a sua efetivação pratica (Commaille, 2004; van
Zanten, 2004).
O
conhecimento tem desempenhado um papel de relevância crescente na tomada de
decisão politica, pelo reforço na fundamentação das escolhas e pela necessidade
de justificação pública das opções tomadas, o que eleva o conhecimento, como um
instrumento de influência e exercício de poder. O seu estudo deve considerar
nesses processos “o conhecimento sobre políticas, arranjos administrativos
instituições e ideias num sistema político” e usado no desenvolvimento do mesmo
âmbito de outro sistema politico (Dolowitz & Marsh, 2000).
A
aproximação conceptual assenta numa reflexão sobre as construções teóricas em
torno de uma circulação de discursos e saberes que se influenciam e transferem
entre diferentes dimensões sociais e entre diferentes sociedades. O objeto de análise
centra-se na relação do conhecimento com a produção e na justificação política
de instrumentos de política publica e da sua trajetória de uma dimensão
supranacional para uma nacional e local.
Para
efeitos analíticos, considera-se o processo de adoção de políticas, organizado
em quatro fases distintas (Phillips, 2004; Phillips & Ochs, 2003):
-
(a) Atracão nacional — Cross
national policy attraction — que contem uma impulsão e
potencial de
externalização, onde os “impulsos”
correspondem
a uma predisposição para a adoção
de politicas e
que reflete as motivações dos atores
envolvidos no
processo politico. Essa “atração”
pode ser interpretada
como uma convergência
internacional, de
acordo com uma perspectiva neo-institucionalista,
ou, à luz da teoria dos sistemas, como uma tendência competitiva entre Estados, realçando as suas divergências.
Como
motivações da atração, encontram-se fatores como a ocorrência de uma mudança
politica, a necessidade devida a falência de políticas já implementadas, a avaliação
negativa por análises comparativas internacionais, o cumprimento de
compromissos transnacionais, a evolução do conhecimento e das tecnologias, o
desejo de modernização, etc.
-
(b) Decisão — consiste num conjunto de medidas através das quais os governos e agências
iniciam o processo de adoção e mudança.
-
(c) Implementação — e uma fase de adaptação a contextos locais de modelos alienígenas,
muito dependente da qualificação e importância de atores com peso político nas decisões.
-
(d) Internalização/indigenizacão — quando as politicas adotadas se tornam parte
integrante da regulação nacional, começando a produzir efeitos sobre os modelos
preexistentes.
A
remodelação da atividade politica chama também à discussão as questões
relacionadas com a chamada governança (Bevir, 2003) que, se encontra associada
à dispersão das hierarquias e das instâncias de decisão sobre terrenos sociais
muito abrangentes, acarretando como consequência uma perda de influência da
autoridade central do Estado e de afastamento das lideranças politicas (Hooghe
& Marks, 2001). A morfologia do exercício público pode ser vista como um
conjunto de políticas homologadas supranacionalmente e organizadas em rede,
sendo a UE uma “fábrica” de políticas que necessitam de se expandir em nome da coesão
politica e da integração Europeia (Hooghe, 1996). As novas formas de regulação
e integração desses sistemas públicos tornam-se aplicações instrumentais de
processos de conhecimento que passam por referenciais de comparação e logicas
de eficiência que influenciam a decisão politica (policy learning) (Ozga, 2006). Entre a conceção de políticas
publicas (policy making) a uma dimensão supranacional e a ação
concreta em contextos locais (policy implementation) observa-se um efeito vertical de circulação e tradução de
conhecimento entre os diferentes níveis de decisão e ação pública e uma
expansão horizontal e mimética que traduz a transnacionalidade dos novos modos
de regulação politica (Silva, 2006; Solaux, 2005). Neste quadro teórico, a autoavaliação
das escolas enquanto instrumento de regulação pública é tida como a expressão de
referenciais de conhecimento que induzem novas modalidades de governança.
A
análise dos instrumentos de ação publica expõe uma racionalidade política
presente na relação entre governantes e governados, considerando cada
instrumento como portador de um saber, de um poder social e de uma capacidade
de o exercer (Lascoumes & Le Gales, 2004). São instrumentos produtores de efeitos
sociais, que transportam crenças e valores cívicos, ou seja, a vontade de mudar
as instituições educativas na UE tem orientado a tónica dessa instrumentalidade
para as noções de competência e qualidade (Bovaird & Loffler, 2003),
enquanto a preocupação de fundar uma legitimidade transnacional tem acarretado
para as instituições educativas a responsabilidade de participar ativamente na construção
de uma cidadania europeia (van Zanten,2004, pp. 66, 67).
A
normalização, os standards ou outros indicadores de qualidade constituem
instrumentos de ação publica na medida em que são portadores, de uma forma de
saber sobre poder social e produzem efeitos nem sempre coincidentes com os objetivos
pretendidos. Esses referentes constituem uma categoria instrumental ao emergirem
de relações de forças endógenas à sociedade civil, apresentando uma legitimidade
assente sobre uma razão científica e técnica, pretensamente atenuadora de discórdia,
e sobre uma racionalidade democrática caracterizada pela sua dimensão negocial.
Como resultante chega-se à norma, caracterizada por derivar de um trabalho efetuado
entre as partes interessadas, assentar sobre dados científicos e técnicos e
apoiar-se sobre um consenso de aplicação voluntaria (Borraz,2004). O
conhecimento focado no desempenho das escolas não se exerce no plano exclusivamente
“técnico”; a sua difusão transporta um potencial regulador que propõe aos atores
modos de regulação alternativos que substituam a compulsão pela persuasão e
surjam associados a uma ideia de qualidade e boas pratica na prestação de um serviço
pública. E um regime que, como observa Barroso (2005), trata de substituir um
controlo direto e apriorístico sobre os processos, por um controlo remoto e, a posteriori, incidente sobre os resultados.
Para um rastreio das políticas de responsabilização
das organizações escolares
A
matéria de estudo aqui proposta, aborda a regulação politica através do uso de
instrumentos de autoavaliação como suporte de uma exigida “gestão da qualidade”
para os estabelecimentos escolares (Bonstingl, 1996), tendo como cenário de fundo
a construção integradora de um espaço educacional europeu (Lawn & Keiner,
2006; Novoa, 2002, 2005; Novoa & Lawn, 2002).
Os
mecanismos de avaliação interna são considerados instrumentos de ação pública,
pela dimensão local onde são aplicados e por recortarem, através dos seus
indicadores, um referencial de qualidade determinado por um conjunto de valores
estabelecidos pelo domínio político e caucionados pelo conhecimento. Esta visão
coaduna-se com a definição de instrumento de ação publica como sendo “um dispositivo
simultaneamente técnico e social que organiza relações sociais especificas
entre os poderes públicos e os seus destinatários em função das representações
e significados que ele transporta” (Lascoumes & Le Gales, 2004, p. 13). Os
modelos de autoavaliação dos estabelecimentos de ensino constituem um objeto
privilegiado de análise da influência do conhecimento na definição da agenda
politica e na estratégia da ação publica concreta. Esta análise teórica permite
ensaiar algumas linhas de pesquisa sobre o surgimento e circulação de novas
formas de regulação e accountability
local e das transformações nas
estruturas de poder num contexto de recomposição da natureza do Estado e da
construção e harmonização dos espaços educativos da UE. Deverá considerar-se também
o relacionamento entre o conhecimento que sustenta os indicadores de avaliação
interna das organizações e a sua expressão instrumental, materializada na
configuração e aplicação dos indicadores que esses quadros originam bem como a difusão
transnacional dos seus referentes e metodologias. Toma-se como pressuposto que
a matriz de indicadores de qualidade de um instrumento de avaliação exprime
valores subjacentes a objetivos políticos, reveladores do sentido pretendido da
modelação do objeito onde são aplicados.
Enquanto
instrumento metodológico, o recurso a entrevista, seja semi-diretiva, informativa
ou retrospectiva, tornou-se um dos utensílios mais utilizados na investigação
em política pública, tornando-se uma prática incontornável na obtenção de dados
qualitativos em ciências sociais (Bongrand & Laborier,2005; Creswell,
2003). Os atores-alvo serão aqueles que a literatura privilegia como as elites susceptiveis
de favorecer a “importação/exportação” da instrumentalidade politica: pessoal, politico
e administrativo, especialistas, partidos políticos e grupos de pressão, grupos
de estudos, instituições governamentais, em suma, instancias onde a troca e difusão
de ideias é facilitada pela existência de redes informais de quadros sectoriais
de especialistas e policy
makers, mobilizados
por uma insatisfação com o sistema vigente e possuindo propostas de soluções
alternativas (Dolowitz & Marsh, 2000; Russel, 2004).
As
zonas de conhecimento envolvidas nos instrumentos de avaliação estão associadas
a definição e difusão de padrões de qualidade, de “boas praticas”ou benchmarking, de standards, indicadores, estatística,
toda uma gama de referenciais que pretendem escrutinar e posicionar
estatisticamente diferentes realidades locais, enquanto a dimensão politica se
cruza com o conhecimento e a necessidade de produzir novos modos de regulação
associados, a uma racionalidade justificativa que reforce a inevitabilidade da
sua aplicação. O conhecimento seria então uma bussola da decisão política,
compatibilizando a ação publica com um rumo politico.
Será,
aparentemente, um conhecimento de tipo cibernético, fazendo leituras e interpretações
dos efeitos locais, colhendo informação e produzindo mais conhecimento, de
forma a sugerir inflexões e novas justificações de ação a luz desses novos conhecimentos,
pretendendo assim construir uma circularidade virtuosa.
O
estudo desenvolve-se segundo dois planos analíticos que correspondem a dois
momentos da ação pública: a produção, enquanto génese e processo de
aprendizagem e decisão que ira corporizar uma ação pública, e a circulação,
enquanto efeito disseminador do produto politico através de fenómenos de transferência
(Steiner-Khamsi,2002). Um terceiro momento, aquele que corresponde a receção pela
esfera dos atores locais, não será contemplado de forma aprofundada, mas em
eventuais ligações concernentes aos dois “tempos” anteriores.
Neste
enquadramento, é possível traçar como objetivos principais desta investigação:
1.
A identificação das alterações nas estruturas e modos de exercício de poder,
bem como a relação entre essas mutações e a influência do conhecimento na produção
de alterações regulatórias. Essa alomorfia (metamorfose)
operatória e indissociável da transferência do conhecimento dentro da dimensão
macro da decisão politica e, sob a mediação de instâncias intermedias, entre
esse nível e os contextos locais onde diversos estratos de instituições e atores
autónomos interpretam essas decisões.
2.
Considerando a circulação de conhecimento entre a dimensão supranacional,
centralizada, e a sua progressiva atomização nacional e local, é necessário um
mapeamento das transferências de politicas e da sua intersecção com o
conhecimento, desde a tomada de decisão até aos instrumentos de regulação que
origina, o que permite clarificar os mecanismos de aprendizagem e interpretação
politica, bem como os seus efeitos sobre a ação publica, ou seja, identificar a
proveniência, difusão e influencia do conhecimento nos dispositivos e regulação
local.
A
análise decorrera, na dimensão politica, junto de instituições e atores
políticos com recurso a entrevistas qualitativas cujos conteúdos serão cruzados
com documentação escrita (Muller, 2000b).
Na
dimensão jurídico-normativa, será feita uma análise da genealogia documental —
legifera (faz leis)
e de regulação operatória — das políticas de avaliação da qualidade prescritas
para as escolas do ensino publico não superior. Na dimensão supranacional do
campo politico será analisada a produção normativa emanada pelas instâncias
comunitárias e o recurso ao conhecimento como suporte argumentativo da decisão politica
(presidência, conselho e parlamento da UE, organismos de avaliação e standards,
OCDE,IEA — International Association for the Evaluation of Educational
Achievement —, academia e outras).
Na
dimensão nacional, será objeto de análise a produção reguladora das instâncias
que interpretam os quadros referenciais supranacionais e os traduzem, decidindo
sobre os instrumentos de ação adequados (legislação e normativos, Ministério da
Educação e as suas agencias regionais, Inspeção-Geral da Educação, Instituto
Nacional de Administração, investigação cientifica e outros). Espera-se chegar
a um melhor entendimento do percurso das políticas públicas de avaliação interna
da rede escolar e as suas conexões com estratégias europeias de desenvolvimento
que propõem a efetivação de um espaço educacional europeu de excelência.
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